Dados do Trabalho


Título

SEGUIMENTO DE NEOPLASIA DE BEXIGA TRATADA COM CISTECTOMIA RADICAL - SUGESTAO DE PROTOCOLO

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de bexiga tem grande importância para o urologista por ser a segunda neoplasia urológica mais comum. Cerca de 25% dos casos são de doença músculo-invasiva ao diagnóstico, a qual é tradicionalmente tratada com cistectomia radical. Mesmo após tratamento adequado, é uma doença com grandes taxas de recidiva e morbidade associadas, com sobrevida global em 5 anos de cerca de 50%. Este dado demonstra a importância de seguimento adequado após o tratamento curativo. Os Guidelines da AUA, EAU e NCCN sugerem informações quanto ao seguimento que são, muitas vezes, discrepantes entre si. Além disso, não são adaptadas à realidade brasileira.

OBJETIVO: Propor esquema de seguimento para o câncer de bexiga músculo-invasivo tratado por cistectomia radical, com recomendações baseadas nas diretrizes e adaptadas para a realidade nacional.

MÉTODOS: Foram revisadas as diretrizes de seguimento sugeridas pela AUA, EAU e NCCN. Após a compilação dos dados, definiu-se o protocolo para seguimento após cistectomia radical.

RESULTADOS: O seguimento após cistectomia radical é baseado em 3 pilares: exames laboratoriais, exames de imagem e seguimento da uretra, nos pacientes não submetidos a uretrectomia. Dado o alto risco da neoplasia músculo-invasiva de bexiga, os pacientes tratados não receberão alta do seguimento no HCFMRP. As definições são as seguintes:
- Exames de imagem: nos primeiros dois anos, serão solicitadas tomografias de abdome, pelve e tórax a cada 6 meses; do terceiro ao quinto ano, a cada 12 meses. Após o quinto ano, intercalarão, anualmente, tomografias com radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome;
- Exames laboratoriais: serão solicitados ureia e creatinina a cada 3 meses no primeiro ano; a cada 6 meses até o 3º ano; anualmente após. Nos pacientes portadores de neobexiga ileal, será dosada vitamina B12 e coletada urocultura anualmente;
- Seguimento do coto uretral: será realizado com uretroscopia, palpação e coleta de citologia oncótica aos 3, 6 e 12 meses no primeiro ano; a cada 6 meses no 2º ano; anualmente, até o 5º ano.

CONCLUSÃO: O seguimento do câncer de bexiga tratado com cistectomia radical é de suma importância para a detecção precoce de recidivas. A definição do melhor esquema ainda permanece controversa.

Palavras Chave ( separado por ; )

câncer de bexiga; cistectomia radical; protocolo de seguimento

Área

Uro-oncologia

Instituições

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil

Autores

MARCELO PIRES DE CAMPOS LINARDI, ALAN CANTALABIO COSTA, HEITOR RAMOS RUELLAS, RAFAEL VALENTE BATISTA, PLINIO RAMOS PINTO NETO, LEONARDO OLMEDO POMPEO, ISMAEL ALVES MOREIRA, RAFAEL NEUPPMANN FERES, ANTONIO ANTUNES RODRIGUES JUNIOR, RODOLFO BORGES DOS REIS