Dados do Trabalho


Título

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA BRASILEIRA EM MINI NEFROLITOTRIPSIA PERCUTÂNEA

Resumo

Introdução: As indicações da cirurgia com acesso percutâneo miniaturizado ainda são motivo de debate e sua recomendação ainda não foi incorporada aos guidelines.1,2 A adoção da técnica e as melhores taxas de sucesso dependem de experiência em cirurgia percutânea tradicional e da disponibilidade do aparelho. Apesar do método ser promissor em termos de custo-efetividade e baixo risco de complicações, poucas instituições brasileiras adotaram a mini nefrolitotripsia percutânea (mPCNL) na sua rotina.

Objetivo: Demonstrar indicações, taxa de complicações e resultados obtidos na experiência inicial de adoção da mPCNL em nossa instituição.

Metodologia: Em maio de 2018 foi iniciado registro prospectivo de banco de dados com as características dos pacientes, do cálculo a ser tratado, taxa de sucesso avaliada por meio de tomografia computadorizada (TC) no primeiro dia pós-operatório e taxa de complicações através da aferição de parâmetros clínicos e laboratoriais. Foram selecionados pacientes com cálculos únicos ou múltiplos com tamanho entre 15 a 30mm no maior diâmetro.

Resultados: Foram incluídos 24 casos de cirurgia mPCNL realizadas entre maio de 2018 a março de 2021, destes 9 (37%) eram homens e 15 (62,5%) mulheres, com idade média de 45 anos (20-76), IMC de 28,78 (23,4 – 46,9) e a maioria dos pacientes ASA II (62,5%).
De acordo com a classificação de Guy’s 3, os cálculos eram distribuídos em I (50%), II (45,8%), III (4,2%) e nenhum IV. A maioria dos cálculos se localizava na pelve renal (58,3%) e grupo calicinal inferior (29,2%), apresentavam tamanho médio de 16,83mm (6-30) e densidade de 1051 UH (350 – 1500).
A maioria das cirurgias foi realizada em posição supina (62,5%), com punção única (95,8%) e dilatação do trajeto percutâneo até 17,5Fr e 22Fr em 14 (58,3%) e 10 (41,7%) pacientes, respectivamente. O tempo de cirurgia médio foi 117 min (90 – 210min) e não se utilizou nefrostomia em nenhum dos casos.
A taxa de sucesso avaliada pela TC foi de 83,3% considerando ausência de fragmentos residuais. Na análise, 4 pacientes (16,7%) apresentaram fragmentos residuais com tamanho de 5,8 mm (2 – 10mm). Segundo a classificação Clavien-Dindo 4, não houve complicação grau I e II e houve um caso (4,2%) grau III por sepse.

Conclusão: A experiência inicial com a cirurgia mPCNL demonstrou que a cirurgia apresenta boa eficácia e mínimas taxas de complicações.

Palavras Chave ( separado por ; )

Mini nefrolitotripsa percutânea; nefrolitíase; cálculo renal; nefrolitotripsia percutânea; mini PCNL

Área

Litíase / Endourologia

Instituições

Universidade Federal de São Paulo - EPM - São Paulo - Brasil

Autores

ALEX MELLER, GABRIEL ALEX MONTEIRO, RAFAEL ALEX ASTOLFI, RAPHAEL VENDRAME CARREIRA, GUSTAVO FRESCHI