Dados do Trabalho


Título

Prostatectomia radical aberta x laparoscópica: Análise retrospectiva em serviço de residência médica.

Resumo

INTRODUÇÃO
Por décadas, a prostatectomia radical aberta foi o tratamento padrão do câncer de próstata localizado. Mais recentemente, as técnicas minimamente invasivas (laparoscópica ou robótica) tem ocupado espaço importante no cenário mundial para o tratamento cirúrgico do câncer de próstata. Com a realização desse estudo, se pretende mostrar que a despeito da difícil e longa curva de aprendizado da prostatectomia radical laparoscópica, se orientado por um preceptor com experiência na técnica e principalmente com a sistematização da mesma, os residentes podem ser treinados na via laparoscópica para tratar câncer de próstata, proporcionando todos os benefícios desta via de acesso aos seus pacientes e obtendo resultados similares ao cirurgia aberta, que reconhecidamente possui menor curva de aprendizado.
OBJETIVOS: Comparar desfecho da prostatectomia radical aberta versus prostatectomia radical videoloparoscópica realizadas no serviço de residência médica, analisando os resultados de continência no período de 6 meses (ausência de forros) e margens oncológicas da peça cirúrgica. Este estudo tem como objetivo comparar desfecho da prostatectomia radical aberta versus prostatectomia radical videloparoscópica realizadas em um serviço de residência médica.
METODOLOGIA: Estudo do tipo retrospectivo, observacional, de março de 2017 até março de 2019 no Hospital Santo Antônio em Salvador. A população de estudo foi a de pacientes com diagnóstico de câncer de próstata submetidos a Prostatectomia Radical. As variáveis são idade, técnica cirúrgica realizada, presença de continência após 6 meses após a cirurgia (não uso de forros), margens oncológicas da peça cirúrgica e gleason final .
RESULTADOS: Este estudo teve um total de 65 pacientes, 40 submetido a cirurgia aberta e 25 a cirurgia laparoscópica. No grupo submetido a técnica aberta, dos 40 doentes 20% (8) apresentaram incontinência após 6 meses de cirurgia e 27,5% (11) apresentaram margens comprometidas. Já no grupo da abordagem laparoscópica 24% (6) apresentaram incontinência urinaria e 36% (9) apresentaram margens comprometidas.
CONCLUSÃO: Os dados da literatura vigente não nos permitem afirmar superioridade de alguma técnica no que diz respeito a resultados oncológicos e desfechos funcionais relacionados a continência. Assim como neste estudo ambas as técnicas apresentam resultados similares, mesmo sendo realizadas por residentes supervisionados por preceptor experiente.

Palavras Chave ( separado por ; )

laparoscopic surgery; prostatectomy; prostate cancer; learning curve

Área

Uro-oncologia

Instituições

OSID - Bahia - Brasil

Autores

WENDEL SOUZA KRUSCHEWSKY, LANA MOREIRA, NILO JORGE LEÃO, LUCAS PRATES DA NOVA, LEONARDO MARQUES CALAZANS, NILO CESAR LEÃO