Dados do Trabalho


Título

PERFIL DOS PACIENTES EM VIGILANCIA ATIVA DE CANCER DE PROSTATA EM HOSPITAL PUBLICO DE CURITIBA

Resumo

Resumo: Para a maioria dos homens com câncer de próstata clinicamente localizado e de risco muito baixo, a vigilância ativa (VA) é uma alternativa à terapia definitiva imediata (cirurgia, radioterapia) - e às complicações inerentes a essas estratégias -, com tratamento curativo adiado indefinidamente ou até que haja evidência de progressão da doença. Os eleitos à VA habitualmente devem ter um tumor de grupo histológico grau 1 (escore de Gleason ≤6) na biópsia e um PSA sérico <10 ng/mL, além de extensão da doença na próstata limitada. É apropriada para homens que atendem aos critérios biológicos (perfis histológicos e genéticos) de baixo risco de metástase e com suporte psicológico. Todavia, há necessidade de acompanhamento com PSA sérico e toque retal periódicos para a detecção de evidências clínicas de progressão. A biópsia de próstata é recomendada dentro dos primeiros anos para descartar doença de grau superior a biópsia original, além também do uso de ressonância magnética (RNM), subsequentemente realizada com intervalo de tempo dependendo dos parâmetros de risco. Um aumento de grau na histologia ou PSA sérico, anormalidades ao toque retal ou progressão da doença na RMN impõem uma avaliação mais detalhada. Muitos estudos encontraram consistentemente uma baixa taxa de progressão para doença metastática ou morte por câncer de próstata com a VA.
Objetivo: Descrever as características dos pacientes em vigilância ativa do serviço de urologia do Hospital de Clínicas de Curitiba-PR.
Métodos: Esse é um estudo descritivo, realizado a partir da coleta de dados de prontuários de pacientes com diagnóstico de câncer de próstata inclusos em regime de vigilância ativa de 02/2015 a 01/2021.
Resultados: Foram coletados dados de 73 pacientes. A média de idade foi de 67,94 anos (50-87 anos). O PSA médio inicial foi de 6,28 ng/mL e o mais recente, de 5,7 ng/mL. Dos 73 inicialmente elegíveis para VA, 55 se mantêm atualmente (75%). Sete pacientes tiveram progressão da doença e foram submetidos a prostatectomia radical. Dos demais, três realizaram radioterapia e 7 permanecem em “watchful waiting”.
Conclusão: Apesar das limitações do estudo em relação a coleta de dados de prontuários e perda de seguimento dos pacientes devido a pandemia da COVID-19, os resultados obtidos com a VA vão de encontro com a literatura e proporcionam uma alternativa aos pacientes com câncer de próstata, mesmo dentro do sistema público de saúde.

Palavras Chave ( separado por ; )

VIGILANCIA ; PRÓSTATA. ; ADENOCARCINOMA

Área

Uro-oncologia

Instituições

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE CURITIBA - Paraná - Brasil

Autores

LUCIANO RICARDO SFREDO, MARCELO MANGINI, IVAM VARGAS MARTINS DA SILVA, DANIEL AUGUSTO MAUAD LACERDA, BRUNO CESAR MALTAURO MOLINA CAMPOS, FABIANE ZIVANOV, DUNIA VERONA, PAULA HEROSO MOREIRA