Dados do Trabalho


Título

DISFUNÇAO ERETIL EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO CIRURGICO DO CANCER DE PROSTATA NAO METASTATICO

Resumo

Introdução: O câncer de próstata (CaP) é a neoplasia maligna mais comum do sexo masculino, excetuando-se câncer de pele não melanoma. Entre as complicações específicas da prostatectomia radical (PR) está a disfunção erétil (D.E.) que acomete de 5 a 80% dos pacientes submetidos a cirurgia. A variação nesta taxa se explica na não padronização na forma de avaliação da D.E. entre os diferentes trabalhos, dificultando sua análise objetiva. Inúmeros estudos comparam as diferentes taxas de D.E. entre opções de tratamento do CaP, bem como entre as diferentes técnicas cirúrgicas. Objetivos: Avaliar as taxas de D.E. após PR aberta e PR laparoscópica realizadas como tratamentos do CaP não metastático em hospital terciário universitário de Curitiba, comparando os dados com a literatura Método: Estudo observacional longitudinal retrospectivo dos pacientes submetidos a PR pelo serviço de Urologia do CHC-UFPR de 2016-2020. A análise estatística foi realizada através do Teste T de Student, ANOVA, testes não paramétrico de Mann-Whitney ou Kruskal Wallis, teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher. Resultados: Foram analisados registros de 160 PR entre 2016-2020, 49,1% das PR foram retropúbicas, 41% minimamente invasivas videolaparoscópicas por acesso extraperitoneal e 9,9% videolaparoscópicas por acesso transperitoneal. Onze dos 160 casos não possuíam dados a qualidade da ereção no pós-operatório. 16 pacientes apresentavam D.E. antes da cirurgia. Foi considerado como D.E. qualquer registro de perda ou redução na qualidade da ereção. Não houve diferença significativa entre a taxa de D.E. entre as técnicas. 62 (41%) dos 149 pacientes não relataram disfunção erétil pós-operatória. Todos os 87 pacientes com D.E. (58,3%) tiveram indicação de tratamento; destes, 29 (19,4%) tiveram melhora completa e 58 (38,9%) persistiram com D.E. A taxa total de D.E. no tempo de acompanhamento foi de 38,9% incluído nestes pacientes os 16 que relatavam D.E. no pré-operatória. O tempo para recuperação da função erétil não pode ser avaliado, não foram encontrados registros de tratamentos cirúrgicos para D.E. nesta população de pacientes. Conclusão/Considerações finais: Neste estudo encontramos dados relacionados a D.E. pós PR semelhantes a literatura sobre o tema. Não houve diferença estatística entre a incontinência entre as técnicas cirúrgicas. A taxa de D.E. imediata foi de 58,3% e a taxa de D.E. no pós-operatório tardio 38,9%. O tempo para recuperação da função erétil não pode ser avaliado.

Palavras Chave ( separado por ; )

Disfunção Erétil; Prostatectomia; Câncer de próstata; Laparoscopia

Área

Disfunção Sexual

Instituições

UFPR - Paraná - Brasil

Autores

GABRIELA SCHUH PRESTES, JULIANA BUENO REFUNDINI, LUCIANO RICARDO SFREDO, IVAM VARGAS MARTINS DA SILVA, BRUNO MOLINA, DANIEL LACERDA MAUAD, RAPHAEL FLAVIO FACHINI CIPRIANI, OSNY BARROS JUNIOR, ALEXANDRE CAVALHEIRO CAVALLI, JOAQUIM LORENZETTI ANDRADE