Dados do Trabalho


Título

FATORES ASSOCIADOS COM A ADERENCIA AS RECOMENDAÇOES DE TROMBOPROFILAXIA PARA CIRURGIAS ONCOLOGICAS PELVICAS ENTRE MEMBROS DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA - SECCIONAL RIO GRANDE DO SUL

Resumo

Introdução: A tromboprofilaxia farmacológica é considerada uma medida imprescindível nos cuidados pós-operatórios em cirurgias oncológicas. Neste contexto, recentes estudos evidenciam que o risco de tromboembolismo venoso (TEV) é praticamente constante durante as 4 primeiras semanas subsequentes à operação e, em virtude disso, os novos Guidelines da European Association of Urology (EAU) e American Urological Association (AUA) recomendam o uso da profilaxia estendida durante o período de 28 dias pós operatório. Este estudo objetivou avaliar o uso da tromboprofilaxia farmacológica e a aderência aos protocolos da EAU e AUA entre urologistas membros da SBU-RS.
Materiais e métodos: Um survey online foi enviado para médicos da Sociedade Brasileira de Urologia - seccional RS através da lista de emails e grupo de Whatsapp com membros da mesma sociedade. O questionário, elaborado na plataforma Google Forms, consistia de 18 perguntas abordando características demográficas, profissionais e a rotina pós operatória de cada médico.
Resultados: Participaram 53 urologistas, 40 (75,4%) envolvidos em hospitais acadêmicos, com 88.7% e 84.9% dos entrevistados relatando seguir os guidelines da EAU e AUA, respectivamente. Quanto à aderência às recomendações dos protocolos da EAU e AUA, apenas 35.8% dos participantes iniciavam a profilaxia farmacológica no dia seguinte à cirurgia e 11.3% realizavam sua manutenção nas 4 semanas de pós-operatório. A análise das características da amostra revelou que o grupo de urologistas com tempo de atividade de 10-15 anos utilizou de maneira adequada a profilaxia farmacológica contra o TEV por 4 semanas de pós operatório significativamente mais que os demais grupos (teste exato de Fisher p=0,001). Ademais, os urologistas capacitados em executar prostatectomias videolaparoscópicas ou robóticas iniciam a profilaxia mais frequentemente no dia seguinte à cirurgia, conforme as orientações dos Guidelines da EAU (qui quadrado de Pearson p=0.046).
Conclusão: Foi observada baixa aderência dos urologistas às orientações sobre tromboprofilaxia dos guidelines da EAU e AUA, apesar da maioria informar manter-se atualizado pelos seus protocolos. Apesar da maioria dos entrevistados estar envolvido em meio acadêmico, poucos seguem adequadamente as recomendações de uso estendido da tromboprofilaxia.

Palavras Chave ( separado por ; )

tromboprofilaxia; trombose

Área

Uro-oncologia

Instituições

Universidade Federal de Santa Maria - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

GUILHERME LANG MOTTA, GABRIELLE SIMON TRONCO, HELOISA AUGUSTA CASTRALLI, LUIZA SALATINO, AUGUSTO RAMOS DO PRADO