Dados do Trabalho


Título

PERFIL E RESULTADOS DE PACIENTES SUBMETIDOS A MINIPERCUTANEA EM HOSPITAL SUS DE CURITIBA

Resumo

Introdução: A nefrolitotomia percutânea (NLP) foi relatada pela primeira vez em 1976 para abordagem de cálculos piélicos. Desde então o procedimento vem sendo aprimorado. Em 1998, Jackman et al descreveram a técnica de minipercutânea (MNLP) com a utilização de nefroscópio de menor calibre, apresentando como vantagens a redução de complicações e maior segurança.
Objetivo: Definir o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes submetidos à MNLP e análise dos parâmetros intra e pós-operatórios relacionados com o sucesso do mesmo.
Métodos: Através de um estudo retrospectivo e descritivo, foram reunidos dados de 16 pacientes que realizaram o procedimento no Hospital de Clínicas da UFPR entre 2019 a 2021.
Resultados: Dos 16 pacientes, 62,5% eram do sexo feminino e a média de idade foi de 38 anos(7-78). Metade dos pacientes (8) apresentavam nefrolitíase à direita; 6 à esquerda e 2 bilateralmente. Em 6 casos havia mais de um cálculo. O tamanho médio dos cálculos foi de 25,5mm de diâmetro (6 a 37mm). A densidade média foi de 1121UH(454 a 1579UH). Dos 16 pacientes, 7 foram classificados com Guy`s Score I; 7(II); 2(III). As localizações mais comuns foram a pelve renal (34,8%); cálice inferior (30,4%); cálice médio (21,7%); cálice superior (13,1%). Das 16 MNLP, 10 foram realizadas em posição de Barts (62,5%); 4 em prona (25%); 2 supina (12,5%) e 2 Valdivia-Galdakao (12,5%). Somente 1 paciente necessitou de 2 punções(6,25%) e a maioria de apenas uma(93,75%). As punções variaram de 15Fr(6,25%),16,5Fr(81,25%) e de 21Fr(12,5%). Os cálculos foram fragmentados por laser (81,25%); balístico (25%) e ultrassônico (6,25%). A drenagem do sistema coletor foi realizada com duplo J tubeless(56,3%); nefrostomia sem duplo J (31,3%); com duplo J e fio lombar (6,3%); 6,3% com duplo J e nefrostomia. No pós-operatório imediato, 14 pacientes atingiram impressão de stone-free. Apenas um paciente teve complicação intra-operatória, com perfuração do sistema coletor e melhora após drenagem com duplo J.Não houve necessidade de transfusão sanguínea ou relatos de infecção/sepse no pós-operatório. Seis casos (37,5%) apresentaram cálculo residual em exames de imagem ambulatorial que variaram entre 2 e 6mm.
Conclusão: Nossa série demonstrou bons resultados nos pacientes, visto a indicação adequada pelo número de cálculos, localização e densidade apresentada. A menor ocorrência de complicações e resolutividade foi evidente, demonstrando os grandes benefícios da técnica de minipercutânea.

Palavras Chave ( separado por ; )

Nefrolitíase;Procedimentos Cirúrgicos Urológicos; Cuidados Pós-Operatórios

Área

Litíase / Endourologia

Instituições

HOSPITAL DE CLÍNICAS - Paraná - Brasil

Autores

LUCIANO RICARDO SFREDO, LUIZ SÉRGIO SANTOS, IVAM VARGAS MARTINS DA SILVA, DANIEL AUGUSTO MAUAD LACERDA, BRUNO CESAR MALTAURO MOLINA CAMPOS, FABIANE ZIVANOV, ISADORA BOEING, LUIZ FERNANDO CECCON, INGRIDY DE SOUZA DIGNER