Dados do Trabalho

Título

BIOPSIA DA PROSTATA TRANSPERINEAL COM FUSAO DE RESSONANCIA MAGNETICA/ULTRASSONOGRAFIA EM AMBIENTE AMBULATORIAL: EXPERIENCIA DE CENTRO UNICO

Resumo

Introdução & Objetivos: A biópsia transperineal da próstata (TP) tem se tornado a primeira opção em grandes centros. O uso da via TP é limitado pelos custos. Uma abordagem com punções perineais limitadas tem se mostrado segura e eficaz. O uso de biopsia guiada por software é amplamente estabelecido para via transretal, mas menos evidências estão disponíveis para a via TP. Nosso objetivo é relatar nossa experiência com uma técnica de biópsia TP com mão livre guiada por software (TPBx).
Metodologia: Todos os pacientes encaminhados para TPBx entre 08/2020 e 08/2021, com Ressonancia Magnética (RM), foram incluídos. Cores-guiados (CG) foram retirados de cada região PIRADS ≥ 3. Também foram obtidos cores sistemáticos (CS). Foi utilizada anestesia local e sedação, em ambiente ambulatorial. A fusão de imagens foi feita com software (SmartFusion, Canon, EUA). Uma agulha coaxial foi inserida em cada lado do períneo, e CG e CS foram obtidos. Foram registradas taxas de detecção de cancer de próstata (CaP) e CAP clinicamente significante (CaPcs – ISUP ≥ 2). Categorias de risco patológico (CRP - Benigno/ISUP1 versus ISUP ≥ 2) e eficiência amostral (número de cores para detectar um CaPcs) foram comparadas entre CG e CS. Complicações Clavien-Dindo > 1 foram registradas.
Resultados: No total, 42 pacientes foram incluídos para análise. A média de idade foi de 67 anos (IC 95% 63-68), a mediana de PSA foi de 7,8 ng/ml (IQR 4,4-11). Lesões PIRADS 3, 4 e 5 foram registradas em 5, 20 e 12 pacientes, respectivamente. O número médio de CG foi de 4 (IQR 3-4) e o número médio de CS foi de 13 (IQR 12-15). Para pacientes com PIRADS 3, a taxa de detecção de CaP foi de 40%. Essa taxa aumentou para 70% e 91,7% em pacientes com PIRADS 4 e 5, respectivamente. As taxas de detecção do CaPcs foram de 20%, 50% e 66,7% para pacientes com PIRADS 3, 4 e 5, respectivamente. CG e CS foram obtidos em conjunto em 37 pacientes. Houve concordância nas CRP em 32 pacientes. CS demonstraram maior CRP em 2 casos, enquanto os CG demonstraram maior CRP em 3. O número de cores necessários para detectar um CaPcs foi significativamente menor para os CG (8,6 versus 31,2, p < 0,01). Nenhuma complicação Clavien > 1 foi observada.
Conclusões: A biópsia de próstata TP à mão livre guiada por US/RM ambulatorialmente é segura e produz altas taxas de detecção de CaP e CaPcs. A fusão TP com software é precisa, resultando em maior eficiência amostral. A combinação de CG e CS ainda é a melhor estratégia.

Palavras Chave ( separado por ; )

biópsia transperineal da próstata; câncer de próstata; fusão de imagens; anestesia local

Área

Uro-oncologia