Dados do Trabalho


Título

ESTUDO EPIDEMIOLOGICO RETROSPECTIVO OBSERVACIONAL AVALIANDO CASOS DE TUMOR DE TESTICULO EM HOSPITAL FILANTROPICO DA CIDADE DE SAO PAULO.

Resumo

Introdução: o câncer testicular é a neoplasia maligna sólida mais comum entre os
homens jovens (de 15 a 34 anos). Em 2019 foram registradas 446 mortes por câncer de
testículo no Brasil (INCA, 2021). O quadro clínico é caraterizado principalmente pelo
achado de um nódulo duro no testículo. O tratamento além da orquiectomia radical,
indicada para 100% dos pacientes com câncer de testículo, é constituído por
quimioterapia, radioterapia ou linfadenectomia retroperitoneal, a depender do seu
tipo histológico (seminoma puro ou não seminoma) e estadiamento clínico, sendo
habitualmente mais agressivo nos tipos não seminoma. (Andrew, 2019).

Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico dos casos de câncer de testículo
operados em hospital filantrópico da cidade de São Paulo. Foram analisados os
prontuários de pacientes operados de 02 de fevereiro de 2017 a 23 de abril de 2021, os dados são: idade, tipo histológico, estadiamento (T, M, N, S e estadio clínico), quimioterapia, radioterapia, se houve colocação de prótese testicular e exames de imagem no seguimento (Radiografia / TC de tórax). Em seguida os dados foram comparados com o que há de mais atual na literatura.

Resultados: foram analisados os dados de 50 pacientes, dos quais, as faixas etárias
mais acometidas pela doença são dos 20 aos 30 anos empatada com a dos 30 aos 40
anos, ambas com 40% dos pacientes, o tipo histológico Seminoma Clássico (52%)
obteve discreta maioria quando comparado ao tipo Não Seminoma / Misto (48%).
Quanto ao estadiamento, 56% dos pacientes foram classificados como T1, quanto ao N
48% dos pacientes se enquadram em Nx, 80 % dos pacientes não apresentavam
metástase a distância e 62% dos pacientes não evoluíram com aumento dos
marcadores tumorais os estratificando em S0. Quanto ao estadio clínico a maioria
pertencia ao estadio IB, com 30% dos casos. A quimioterapia foi realizada em 68% dos
casos, a radioterapia foi indicada em apenas 2%. Prótese testicular foi utilizada
em 46% da amostra, 70% dos pacientes mantiveram seguimento ambulatorial
comparecendo em consulta por pelo menos uma vez em 2021, dos quais 40%
apresentaram evidência de doença em seguimento.
Conclusão: a análise mostra que nossos casos estão de acordo com a literatura mundial na maioria dos dados analisados, estando o tipo histológico por idade e a evidência de doença ao seguimento após não realização de quimioterapia em estágios iniciais em desacordo as publicações mais recentes.

Palavras Chave ( separado por ; )

TUMOR DE TESTÍCULO; NEOPLASIA DE TESTÍCULO; CÂNCER TESTICULAR; TESTICULAR CÂNCER; TESTÍCULO; SEMINOMA

Área

Uro-oncologia

Instituições

Santa Casa de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

LUCAS PORTO MAURITY DIAS, NATALIA FERREIRA CARDOSO OLIVEIRA, PAULA STRAUCH COSTA, JORGE RICARDO GOIS CUNHA, SERGIO PAOLILLO JUNIOR, GIOVANNI DEMARTINO, MARCEL KENDI TAKADA, MARCIO ROSA PAGAN, RONI CARVALHO FERNANDES, LUIS GUSTAVO MORATO TOLEDO