Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS EPIDEMIOLOGICOS, NO PERIODO DE 2010 A 2020, DA NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NO BRASIL

Resumo

Introdução: O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário, com uma população mundialmente crescente de sobreviventes. E​​ssa patologia afeta principalmente pessoas do sexo masculino e tem predileção por caucasianos. Com o aumento da expectativa de vida, a prevalência do câncer de bexiga tende a aumentar, sendo um agravante importante no panorama da saúde pública no Brasil. Objetivos: O objetivo do trabalho é analisar, estatisticamente, os perfis epidemiológicos do câncer de bexiga, no Brasil, entre os anos de 2010 a 2020, segundo as principais características da patologia. Métodos: Estudo epidemiológico, cujas informações contidas foram obtidas por meio de uma revisão da literatura e de uma coleta no banco de dados do DataSus, no período de 2010 a 2020, sobre os aspectos epidemiológicos referentes à neoplasia maligna de bexiga no Brasil. Resultados: Entre o período de 2010 a 2020, foram registradas 157.935 internações por câncer de bexiga no Brasil. Os anos de 2018, 2019 e 2020 representam os maiores números de internação, com 19.174, 17.435 e 17.171 casos, respectivamente. Em contrapartida, nos anos de 2010, 2011 e 2012 ocorreram menos internações, com 9.759, 10.316 e 11.297 casos. Em relação ao perfil de pacientes internados, o câncer de bexiga mostrou-se mais prevalente em homens, representando 70,98% dos casos, assim como em pacientes entre 60 e 79 anos, com 60,9% do total. Quanto aos óbitos, contabiliza-se 10.418 durante a última década, sendo 2019 o ano com maior número de mortes, um total de 1.191 pacientes. Ademais, a taxa de mortalidade derivada da neoplasia maligna de bexiga foi de 7,23 para os pacientes do sexo feminino, enquanto para o sexo masculino foi de 6,34. Em relação aos gastos públicos, contabilizou-se um total de R$ 286.931.272,32, no período analisado. Conclusão: Observa-se, no presente estudo, um aumento nas taxas de internação por neoplasia maligna de bexiga no Brasil. O sexo masculino apresenta maior prevalência nos índices de internação, o que pode ser justificado pelo maior contato com fatores de risco como o tabagismo e a exposição a produtos químicos. Por outro lado, as maiores taxas de mortalidade no sexo feminino podem ser justificadas pelos possíveis diagnósticos diferenciais estabelecidos de maneira equivocada, como doenças benignas, por exemplo. No que tange o tratamento, o mesmo varia de acordo com o estadiamento da neoplasia, o que explica a importância concreta de políticas públicas de prevenção.

Palavras Chave ( separado por ; )

Neoplasias da Bexiga; Gastos Públicos com Saúde; Epidemiologia dos Serviços de Saúde; Brasil.

Área

Uro-oncologia

Instituições

Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ALINE AIOLFI, BRUNA ROSSETTO, EDUARDO BELTRAME MARTINI, CAIO DE SOUSA BERNARDES, THIAGO KINGESKI ANDREOLI, EUGÊNIA DUCOS MARTINS MEDICI, CAMILA SILVEIRA IPLINSKI , VÍTOR BORDIN SCHMIDT