Dados do Trabalho


Título

SPLIT DE RIM EM FERRADURA PARA TRANSPLANTE RENAL

Resumo

Apesar do aumento progressivo de doação de órgãos e a utilização de rins provenientes de doadores com critério expandido, rins com alterações congênitas sempre foram um desafio para o transplante renal bem sucedido. Com o aumento exponencial de paciente com doença renal crônica em estágio final em diálise e aguardando um transplante renal como terapia de substituição renal, a utilização do rim em ferradura ofertado de doador falecido comumente beneficia um paciente em fila sendo implantado em bloco. Porem, com a técnica de “Split” renal, pode-se beneficiar dois desses paciente em fila.Nesta apresentação, demonstraremos técnica do split renal em ferradura para transplante de dois pacientes.O rim em ferradura é uma anomalia congênita que se caracteriza pela fusão do polo inferior ou superior dos rins e é encontrada em aproximadamente 1 em 600 pessoas [1]. É mais comum em homens do que em mulheres. Essa condição é geralmente assintomática e a função renal é normal. O istmo une os dois rins e está situado normalmente na frente da aorta ou da veia cava inferior. Transplantar um rim em ferradura exige expertise técnica devido as variações anatômicas vasculares e do sistema coletor. Nesses casos, uma anatomia vascular sem variações está presente em apenas 30 a 33% dos casos [1,2]. Para o transplante renal, podemos utilizar duas técnicas cirúrgicas: Implante “em bloco” em um paciente e o “ split renal” no qual conseguimos beneficiar dois receptores. A opção da cirurgia é decidida no preparo do órgão sendo levado em conta uma série de fatores como: número de vasos, espessura do istmo, se a fusão é completa ou parcial, largura do parênquima, anatomia do sistema coletor e idade do doador [2}. No nosso centro de transplante, recebemos dois rins em ferradura, na qual procedemos com a técnica do split renal e transplante de quatro pacientes que tiveram boa evolução retomando a função renal. A experiência de Transplante Renal com rim em ferradura permanece limitada, devido a raridade de ocorrência dessa condição e consequente baixa incidência de rins captados com essa anomalia. Mesmo assim, diante de um rim em ferradura captado, devemos considerar o Split Renal afim de beneficiar dois paciente ao invés de um só, visto o crescente numero de pessoas em diálise aguardando o transplante renal. A decisão de implante em bloco ou split deve ser cauteloso baseado na anatomia e proficiência técnica do cirurgião.

Palavras Chave ( separado por ; )

transplante renal; rim em ferradura; split renal

Área

Transplante Renal / Miscelânea

Instituições

Hospital Sao Francisco de Assis - Rio de Janeiro - Brasil, Pontificia Universidade Catolica - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

THIAGO FELIX FROEDE, RIVALDO JOSE MELO TAVARES, LEANDRO TAVARES BARBOSA DE MATOS, FELIPPE LUIZ GUIMARAES FONSCECA, RICARDO RIBAS DE ALMEIDA LEITE