Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO DE CÁLCULOS URETERAIS NA GESTAÇÃO EM SERVIÇO DE BAIXA COMPLEXIDADE

Resumo

INTRODUÇÃO: O evento litiásico durante a gestação merece atenção especial por parte das equipes médicas visto que podem ocorrer situações como dor refratária e infecção urinária que necessitam de intervenção clínica ou cirúrgica para diminuir a chance de complicações.
OBJETIVOS: Por ser patologia frequente na prática urológica e obstétrica e por levar as pacientes portadoras de litíase a procura de avaliação especializada, analisamos o resultado de internações e tratamento cirúrgico com o objetivo de mostrar os resultados e contribuir no tratamento da ureterolitíase durante a gestação, evitando complicações e diminuindo os riscos para a gestante e o feto. MÉTODOS: Foram analisados os casos tratados pela equipe de urologia durante o período de janeiro de 2015 até janeiro de 2021. Foram analisados os dados da internação e o seguimento ambulatorial com avaliação clínica pela mesma equipe por até 6 meses.
RESULTADOS: Foram analisadas 26 pacientes gestantes com dor lombar típica e sintomas urinários. O US renal com doppler conseguiu a visualização do cálculo ureteral em 20 pacientes, urina com sinais de ITU associada a febre foi vista em 8 pacientes, sendo que nesses casos foi indicada ureteroscopia e drenagem urinária de urgência. A bactéria mais isolada foi E.coli em 6 casos. O tamanho médio do cálculo foi de 5 mm e o local de maior ocorrência foi o ureter distal com 17 pacientes diagnosticadas. O acesso ao cálculo e a navegação ureteral foram feitas em 20 pacientes, em 5 casos foi feita desobstrução com duplo J sem fragmentação do cálculo. Em um caso de cálculo impactado não foi possível o acesso e nem a passagem de duplo J, sendo a paciente encaminhada para serviço terciário. Nas pacientes sem sinais de infecção clínica ou laboratorial foi realizado o tratamento conservador por 24 horas e indicada posterior abordagem devido a persistência do quadro álgico. Nessa análise de 26 paciente não houve nenhum caso de perda da vida do feto ou necessidade de intervenção obstétrica de urgência. O período médio de gestação foi de 28 semanas. Nas 25 pacientes que foram operadas foi deixado duplo J pelo período mínimo de 4 semanas e posterior retirada do cateter com anestesia local. CONCLUSÕES: Concluímos que o tratamento cirúrgico de cálculos ureterais na gestação pode ser feito de forma segura e eficaz com bons resultados e baixo índice de complicações para a gestante e o feto, estando o urologista com um mínimo de de equipamentos e exames habilitado a tratar gestantes.

Palavras Chave ( separado por ; )

Litíase; gestação; ureteroscopia, infecção; feto

Área

Urologia Feminina

Instituições

SANTA CASA DE ARAXA MG - Minas Gerais - Brasil

Autores

DANIEL ANGOTTI AKEL, JEOVA MOREIRA COSTA JR, EDUARDO AUGUSTO ALVES SILVA