Dados do Trabalho


Título

SACROPROMONTOFIXAÇAO VIDEOLAPAROSCOPICA PARA O TRATAMENTO DE PROLAPSO APICAL DE ORGAO PELVICO

Resumo

INTRODUÇÃO: O prolapso de Órgãos pélvicos é uma condição comum, afetando 50% de mulheres acima dos 50 anos de idade¹. Tem forte impacto na qualidade de vida das pacientes e em 11,1% dos casos há necessidade de intervenção cirúrgica²,3. Recentemente técnicas minimamente invasivas são propostas, com menor período de internação hospitalar, rápida recuperação e retorno precoce a atividade laboral4. Outro benefício é a melhor visualização e identificação das estruturas anatômicas da pelve5, no entanto com complicações semelhantes as outras vias de acesso6.

OBJETIVO: Padronizar e demonstrar uma técnica cirúrgica minimamente invasiva utilizando tela de polipropileno para correção de prolapso apical.

MATERIAIS E METODOS: O vídeo demonstra correção de prolapso de órgão pélvico de paciente feminina, 68 anos com prolapso anterior estágio 3 e apical estágio 2. Ausência de perdas urinárias a manobra de esforço, mesmo após redução do prolapso. G3 P2 C1. Antecedente cirúrgicos: correção sítio-específica de prolapso anterior há 25 anos. Paciente posicionada em litotomia e sondagem vesical. Inserção de trocartes: um supra-umbilical de 10mm, dois de 5mm ao nível das duas fossas ilíacas, um pararretal esquerdo de 5mm e um de 12mm pararretal direito. Iniciado dissecção anterior do colo, identificado musculo detrusor, com tração de uma válvula vaginal e da sonda Foley. O peritônio do ápice vaginal é mobilizado até a fáscia pubocervical, divulsionando os tecidos e afastando o detrusor. O septo retovaginal é divulsionado, de maneira semelhante. A tela de polipropileno é medida e seccionada com comprimento suficiente para conectar o ápice vaginal ao promontório sacral sem tensão em formato de Y. O braço posterior da tela é suturado à parede vaginal posterior, o braço anterior é fixado à fáscia pubocervical. O promontório sacral é identificado e o peritônio é incisado continuamente do oco sacral até a cúpula vaginal. A extremidade proximal da tela é então fixada ao promontório. O peritônio é fechado completamente sobre a tela.

RESULTADOS: A paciente recebeu alta precoce sem dispositivos vesicais, retornando a suas atividades laborais pouco após o procedimento. Em seguimento, após 3 meses, evoluiu sem queixas sexuais ou urinárias. A mesma refere estar satisfeita com a terapêutica.

CONCLUSÃO: É evidente por meio desse relato que a via laparoscópica é uma opção menos invasiva para resolução de cirurgias desafiadoras do assoalho pélvico.

Palavras Chave ( separado por ; )

sacropromontofixação; prolapso pélvico ; prolapso apical

Área

Urologia Feminina

Instituições

UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

IVAN BORIN SELEGATTO, MATHEUS BOTELHO SANTOS , JOÃO MARCOS IBRAHIM OLIVEIRA, FABIO FRANCO OLIVEIRA JUNIOR, LUCAS MIRA GON, CASSIO L Z RICCETTO