Dados do Trabalho


Título

DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DO ABSCESSO DE PROSTATA EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS: SERIE DE CASOS

Resumo

INTRODUÇÃO: O abscesso prostático é uma condição rara, com incidência hoje em torno de 0,5% de todas as doenças da próstata. Sua incidência diminuiu com a introdução de antimicrobianos e especialmente com o aparecimento de antibióticos com boa penetração da próstata, como as quinolonas. Seus fatores de risco são a manipulação do trato urinário, obstrução ao fluxo urinário infra vesical, diabetes mellitus ou imunossupressão. METODOS: Estudo descritivo do tipo série de casos, que objetiva descrever a vivência de um serviço quaternário no manejo de pacientes transplantados diagnosticados com abscesso prostático. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram avaliados 2 pacientes: Caso 1: Paciente de 56 anos, com antecedente de transplante cardíaco devido a miocardite e nefrectomia direita devido a abscesso fúngico em 2018. Apresentou dor em flanco direito e sintomas de trato urinário inferior (LUTS), negando febre e sem sinais de comprometimento sistêmico. TC de abdome e pelve a qual evidenciou múltiplas coleções em local de loja renal direita e em próstata. Optado por punção guiada por imagem, introduzido meropenem e voriconazol. Após análise do material da punção, evidenciou-se bacterioscopia negativa e pesquisa direta para fungo positiva com hifas septadas e cultura com Aspergillus fumigatus. Tratado com RTUp e anfotericina B. Após seguimento ambulatorial, manutenção de coleção, realizado prostatectomia. Caso 2: Homem de 64 anos, com antecedente de transplante de fígado doador falecido devido a cirrose hepática. Referiu dor abdominal difusa associado a LUTS com piora do fluxo urinário durante a micção. Negava febre ou outros sintomas de comprometimento sistêmico. Realizou TC de abdome que evidenciou coleção perirrenal a direita e coleções irregulares de permeio ao parênquima prostático, sendo a maior à esquerda medindo 1,4 x 1,0 cm. Optado por drenagem percutânea. Cultura da secreção evidenciou Aspergillus fumigatus, iniciado voriconazol. Devido a episódios febris e manutenção da coleção em nova TC, optado por realizar RTUp e manutenção de voriconazol. Paciente segue assintomático em ambulatório.
CONCLUSÃO: O abscesso prostático continua sendo um desafio para a urologia, principalmente em pacientes imunossupressos, onde há o desafio diagnóstico. Procedimentos por radiointervenção vem ganhando espaço, no entanto nesta população ainda é necessário procedimentos mais invasivos como RTU ou Prostatectomia a céu aberto.

Palavras Chave ( separado por ; )

abscesso de prostata; imunossupressão; radiointervenção;

Área

Infecção

Instituições

unicamp - São Paulo - Brasil

Autores

JOAO MARCOS IBRAHIm DE OLIVEIRA, PEDRO HUMBERTO FELIX DE SOUZA FILHO , IVAN BORIN SELEGATTO, CAIO DE OLIVEIRA, FABIO FRANCO DE OLIVEIRA JUNIOR, GABRIEL CHAHADE SIBANTO SIMOES, ARTHUR DEGANI OTTAIANO, MATHEUS BOTELHO SANTOS, JULIANO CESAR MORO, CARLOS ARTURO LEVI D'ANCONA