Dados do Trabalho


Título

PRIAPISMO FEMININO ASSOCIADO A CLITORIMEGALIA APOS USO DE ANABOLIZANTES.

Resumo

Caio de Oliveira, Ivan B. Selegatto, Matheus B. Santos, Joao M. I. de Oliveira, Fabio F. O. Junior, Gabriel C. S. Simões, Arthur D. Ottaiano, Pedro H. F. S. Filho, Lucas M. Gon, Cássio L. Z. Riccetto. Universidade Estadual de Campinas. Campinas -SP.

INTRODUÇÃO:
O priapismo feminino é definido pela ereção dolorosa e prolongada do clitóris, por tempo superior a 6 horas, e sem relação com estímulo sexual.
Com incidência desconhecida, é uma condição rara e de poucos casos relatados na literatura.
Trata-se de uma urgência urológica, de diagnóstico desafiador e cujo tratamento ainda é tema de debate na literatura.
Relataremos a seguir um caso de priapismo feminino em que mais de uma forma de abordagem foi necessária pare resolução do quadro. Faremos posteriormente uma breve discussão dos principais aspectos desta condição e quais estratégias podem ser adotadas em cada situação.

RELATO DE CASO:
Paciente feminina, de 31 anos, com dor em região genital associada a enrijecimento e sensibilidade local. Quadro iniciado após relação sexual.
Referia uso prévio de hormônios anabolizantes para melhoria de desempenho físico e estético. Tabagista, fazia uso de bupropiona e citalopram para cessação.
Ao exame da genitália externa, via-se um clitóris hipertrofiado, hiperemiado, entumecido e doloroso a palpação.
À ultrassonografia com doppler de clitóris, apresentava corpos cavernosos dilatados, com fluxo arterial presente, porém reduzido. Não havia evidência de fístula arteriovenosa.
Optado pelo tratamento conservador com prescrição de analgesia, xarope de pseudoefedrina e compressa de gelo locall. Obteve melhora do quadro, porém com retorno após 4 dias por recorrência dos sintomas.
Optado então pela punção do clitóris para aspiração do conteúdo e infusão de adrenalina.
Houve melhora imediata dos sintomas e involução do priapismo.

CONCLUSÃO:
O priapismo feminino é uma condição rara, com poucos casos descritos na literatura, de difícil diagnóstico e tratamento desafiador.
O tratamento conservador apresenta bons resultados, no entanto em algumas situações esta conduta parece não ser o bastante. Neste contexto a adoção de técnicas de drenagem do clitóris vem se tornando uma opção. Esta conduta, no entanto, não tem respaldo técnico na literatura, e deve ser indicada com parcimônia em razão do risco de complicações locais.
Uma avaliação mais aprofundada sobre este procedimento deve apoiar seu uso com maior segurança em situações de priapismo refratário a medidas conservadoras.

Palavras Chave ( separado por ; )

Priapismo; Priapismo Feminino; Clitoromegalia; Anabolizante;

Área

Disfunção Sexual

Instituições

UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

CAIO DE OLIVEIRA, IVAN BORIN SELEGATTO, MATHEUS BOTELHO SANTOS, JOAO MARCOS IBRAHIM DE OLIVEIRA, FABIO FRANCO DE OLIVEIRA JUNIOR, GABRIEL CHAHADE SIBANTO SIMOES, ARTHUR DEGANI OTTAIANO, PEDRO HUMBERTO FELIX DE SOUZA FILHO, LUCAS MIRA GON, CASSIO LUÍS ZANETTINI RICETTO