Dados do Trabalho


Título

LINFADENECTOMIA RETROPERITONEAL APOS QUIMIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DA NEOPLASIA DE TESTICULO

Resumo

Introdução: Os tumores germinativos do testículo constituem uma das principais neoplasias de órgãos sólidos em homens com pico de incidência entre 25 e 35 anos. O acometimento linfonodal retroperitoneal é frequente nos tumores não seminomatosos mesmo em estadio inicial, podendo ocorrem em até 30% desses casos. Quando indicada, a linfadenectomia retroperitoneal se mostra uma cirurgia desafiadora devido a acentuada reação desmoplástica associada a massa tumoral pós quimioterapia.
Objetivo: Avaliar o perfil e os resultados pós-operatórios dos pacientes submetidos a linfadenectomia retroperitoneal como parte da terapia da neoplasia de testículo no serviço de Urologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB) nos últimos 18 anos.
Método: Análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes tratados com linfadenectomia retroperitoneal por câncer de testículo.
Resultados: Foram analisados 15 casos de pacientes que realizaram linfadenectomia retroperitoneal como tratamento de massas residuais após quimioterapia na neoplasia testicular de células germinativas. A média de idade dos pacientes foi de 30 anos. Aproximadamente 45% possuíam acometimento testicular a esquerda e 62% dos casos eram estádio II. Todos foram submetidos a quimioterapia anterior a linfadenectomia, sendo pelo menos dois terços com bleomicina, etoposídeo e cisplatina (BEP). Os marcadores tumorais eram negativos em cerca 94% dos casos. Não houve nenhum caso de óbito no transoperatório, nem no pós-operatório precoce. Apesar disso, uma parcela dos pacientes cursou com complicações cirúrgicas graves, tais como: lesões de veia cava, necessidade de nefrectomia, secção inadvertida de ureter, secção inadvertida de nervo obturatório direito e lesão de alça intestinal. Um paciente apresentou parestesia e plegia tanto de membros superiores como inferiores no pós-operatório imediato havendo remissão completa após 90 dias, permanecendo somente claudicação leve de membro inferior direito. A análise histopatológica revelou 9 casos de teratoma imaturo (60%), 4 casos de teratoma maduro (26,7%) e 2 casos de carcinoma embrionário (13,3%).
Conclusão: Apesar de casos com complicações graves, não houve óbitos na linfadenectomia retroperitoneal em nossa série. O anatomopatológico das peças cirúrgicas evidenciou predominância de teratoma imaturo (60%).

Palavras Chave ( separado por ; )

linfadenectomia retroperitoneal; neoplasia de testículo;

Área

Uro-oncologia

Instituições

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Distrito Federal - Brasil

Autores

PEDRO GUILHERME MENDONÇA CARAPITO, VITOR PAIVA PIRES, MARIO BEZERRA DA TRINDADE NETTO, SARAH ROCHA STABILE DO PATROCINIO, PEDRO RINCON CINTRA DA CRUZ, EDUARDO CARVALHO RIBEIRO, FRANSBER RONDINELLI ARAÚJO RODRIGUES, LUIZ ANGELO DE MONTALVÃO MARTINS, FERNANDO AUGUSTO FERREIRA DIAZ