Dados do Trabalho

Título

PERFIL E FATORES PREDITIVOS DO SUCESSO DE DERIVAÇAO URINARIA EM PACIENTES ONCOLOGICOS COM COMPROMETIMENTO URETERAL DO SERVIÇO DE UROLOGIA DA IRMANDADE DE MISERICORDIA DA SANTA CASA DE SAO PAULO

Resumo

Introdução: As obstruções ureterais por neoplasias malignas ocorrem por compressão extrínseca ou infiltração ureteral do sítio primário, através da própria lesão, ou por efeito de massa, metástases, linfonodos pélvicos e de retroperitônio. A apresentação clássica é a insuficiência renal causada pela compressão; em alguns casos pode haver algum grau de hidronefrose como achado de exame de rotina em consultas das especialidades que acompanham esses tumores. É um desafio para o urologista e também impactante no prognóstico conhecer a epidemiologia e os fatores que levam a dificuldade no tratamento das causas da IRA pós renal destes doentes, uma vez que qualquer derivação urinária, pode trazer transtornos aos pacientes.
Objetivos: Identificar o perfil epidemiológico e fatores preditivos de dificuldade na desobstrução ureteral no Serviço de Urologia da Santa Casa de São Paulo desde Janeiro de 2017, em paciente oncológicos, bem como observar os fatores preditivos do sucesso do cateter de duplo-j e os fatores que levaram os pacientes a única possibilidade de desobstrução com a nefrostomia.
Métodos: Como critério de Inclusão, foram selecionados todos os pacientes oncológicos operados pelo Serviço de Urologia da Santa Casa de São Paulo desde janeiro de 2017 até o momento que foram abordados para desobstrução ureteral em condições de urgência, emergência ou eletivamente.
Resultados parciais: As análises comparativas entre as variáveis estão em andamento, em fase de conclusão, De maneira generalista os resultados mostram que o sexo feminino prevalece sobre os masculinos (75%) devido principalmente a frequência do número de carcinoma espinocelular (CEC) de colo uterino em condição avançada com acometimento das vias urinarias; a idade de maior acometimento são os indivíduos acima de anos (64%), o tio de tumor com maior recorrência é o CEC de colo de útero (54%); no estadiamento da doença, o acometimento em pacientes com linfonodos e metástases presentes chega a 35,4%; a compressão extrínseca dos ureteres prevalece sobre a intrínseca (62,7%); em que 60% das vezes é dado pelo efeito de massa do tumor primário. Houve equivalência em relação ao lado do acometimento; insuficiência renal aguda esteve presente em 53,4% dos pacientes, e 29% necessitaram de dialise em algum momento.
Conclusão: O manejo da desobstrução ureteral em pacientes oncológicos é difícil, os dados de resultados podem ajudar no prognostico e evolução da doença primaria e na sobrevida.

Palavras Chave ( separado por ; )

Obstrução ureteral, derivação ureteral em oncologia; hidronefrose e acometimento ureteral.

Área

Uro-oncologia