Dados do Trabalho


Título

ULTRASSOM ENDOCAVITARIO USADO PARA GUIAR NEFRECTOMIA PARCIAL MINIMAMENTE INVASIVA EM CASOS DE CARCINOMA DE CELULAS RENAIS COM PADRAO ENDOFITICO: DESCRIÇAO DE TECNICA E RESULTADOS PRELIMINARES

Resumo

Introdução: A Ultrassonografia (USG) intraoperatória é um importante instrumento para demarcação tumoral e para garantir margem cirúrgica negativa. Entretanto, os ultrassons robóticos e laparoscópicos possuem alto custo, dificultando o uso em muitas instituições. Objetivo: Descrever o uso do USG com probe endocavitário como ferramenta auxiliar alternativa em nefrectomias parciais minimamente invasivas de casos endofíticos. Métodos: Trata-se de uma descrição de técnica e resultados preliminares do seguimento longitudinal de 15 pacientes diagnosticados com tumores endofíticos menores que 7cm foram submetidos à nefrectomia parcial minimamente invasiva com uso de USG com probe endocavitário entre 2017 e 2019. As informações coletadas incluem os seguintes dados: idade, Índice de Massa Corporal (IMC), tamanho e localização do tumor, escore RENAL, duração da cirurgia, sangramento, tempo de isquemia quente, complicações perioperatórias, aumento de creatina maior que 20%, margens cirúrgicas positivas e histopatologia dos tumores. O posicionamento do USG foi através de uma incisão posterior abaixo da 12ª costela, diretamente no local dos tumores. As variáveis contínuas foram reportadas em medianas/Intervalos interquartis e as variáveis categóricas foram apresentadas em números absolutos e porcentagens. Foi utilizado o checklist STROBE. Resultados: Todas as cirurgias foram realizadas pelo mesmo cirurgião, sendo sete laparoscópicas e oito robóticas. As medianas de idade, IMC e tamanho do tumor foram 68 anos, 27 kg/m2 e 30mm, respectivamente. Sete tumores estavam na região anterior, sete na posterior e um na lateral; o escore RENAL pontuou 8 em 4 casos, 9 em 3 casos, 10 em 4 casos e 11 em casos. As medianas de duração da cirurgia, sangramento e tempo de isquemia quente foram 150 minutos, 200ml e 21 minutos, respectivamente. 1 paciente apresentou complicação perioperatória, 1 paciente possuiu aumento de 20% na creatinina, 3 cirurgias apresentaram margens positivas e a histopatologia dos tumores foi classificada como 12 casos de carcinoma de células renais, 1 caso de angiomiolipoma e 2 casos de oncocitoma. Conclusão: O USG com probe endocavitário, quando manipulado por profissionais experientes através de uma técnica padronizada, representa uma alternativa barata e factível para excisão de tumores endofíticos em hospitais que não possuírem USG laparoscópico ou robótico.

Palavras Chave ( separado por ; )

Nefrectomia Parcial; Neoplasias Renais; Laparoscopia; Cirurgia Robótica; Ultrassom.

Área

Uro-oncologia

Instituições

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Bahia - Brasil, Hospital Cardiopulmonar - Bahia - Brasil

Autores

JOSÉ GUILHERME REIS DE OLIVEIRA, ANDRÉ LUIZ CANÁRIO, RAFAEL R TOURINHO-BARBOSA, MARCELO DE QUEIROZ CERQUEIRA, ROMEU MAGNO BAPTISTA, LUCAS TEIXEIRA BATISTA