Dados do Trabalho


Título

ASSOCIAÇAO ENTRE A ESPESSURA DA PAREDE VESICAL E A PRESENÇA DE DISFUNÇAO NAO NEUROGENICA DO TRATO URINARIO INFERIOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Resumo

Gabriela Malaquias Barreto Gomes; Glicia Estevam de Abreu; Ubirajara de Oliveira Barroso Junior. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Salvador – BA)

Introdução: A Disfunção do Trato Urinário Inferior (DTUI) é definida como a presença de urgência urinária e/ou urge-incontinência, na ausência de infecção urinária, alterações neurológicas e anatômicas envolvendo a bexiga e uretra. Nesse contexto, sabe-se que algumas disfunções miccionais podem causar espessamento das paredes da bexiga. Objetivos: Associar a espessura da parede vesical com a presença de disfunção não neurogênica do trato urinário inferior. Métodos: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo com dados de crianças e adolescentes com DTUI, idades entre 4 e 17 anos, e que foram atendidos no Centro de Distúrbios Miccionais na Infância (CEDIMI) no período de 2015 até 2019. Pacientes com possíveis anormalidades anatômicas e/ou neurológicas relacionadas ao trato urinário inferior foram excluídos. Os dados referentes a intensidade sintomatológica foram coletados a partir do Dysfunctional Voiding Score System (DVSS). As medidas da espessura da parede vesical foram obtidas através da realização de ultrassonografia, em que a bexiga se encontrava com 30-70% preenchida, e antes do paciente receber tratamento. Resultados: Um total de 112 crianças e adolescentes foram incluídas no estudo, sendo 55,35% do sexo feminino e uma média de idade de 8,5 + 3,19 anos. Quatro crianças apresentaram a parede vesical espessada (>3mm com a bexiga preenchida). Do total, 95 apresentaram urgência, 75 urge-incontinência, 57 perda sem urgência, 83 incontinência diurna, 21 micção infrequente, 49 polaciúria, 34 giggle, 29 incontinência aos esforços, 31 dificuldades miccionais, 29 noctúria e 89 enurese noturna. Notou-se uma associação entre a espessura e a idade da criança ou adolescente (p = 0,05), sendo essa uma correlação fraca (rs = 0,262). Apesar disso, não se constatou uma relação entre a espessura vesical e as seguintes variáveis: intensidade sintomatológica avaliada pelo DVSS (p = 0,463), DVSS urinário (p = 0,491), capacidade máxima da bexiga (p = 0,798) e constipação (p = 0,271). Conclusões: Constatou-se que não há relação entre a espessura da parede vesical e a presença de sintomas do trato urinário inferior. Mas, notou-se uma associação entre a espessura e a idade.

Palavras Chave ( separado por ; )

disfunção do trato urinário inferior; crianças; espessura da parede vesical.

Área

Urologia Pediátrica

Instituições

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Públuca - Bahia - Brasil

Autores

GABRIELA MALAQUIAS BARRETO GOMES, GLICIA ESTEVAM DE ABREU, UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR