Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO PROSPECTIVA DA DURABILIDADE E EFICIENCIA DA URETEROSCOPIA DIGITAL VERSUS OPTICA NA SANTA CASA DE SAO PAULO.

Resumo

Introdução: A Ureteroscopia Flexível (UF) transformou-se no mais eficiente método de tratamento para cálculos renais e do ureter proximal, tornando-se a melhor modalidade terapêutica para estes casos. Devido aos recentes avanços tecnológicos relacionados a qualidade dos componente ópticos, tem possibilitado a aplicabilidade deste método terapêutico na prática diária do urologista, reduzindo tempo cirúrgico e maior taxa de “stone free”.
Objetivo: Nosso objetivo foi avaliar a eficiência e durabilidade do ureteroscópio flexível digital (UFD) comparado ao ureteroscópio flexível de fibra óptica (UFO) convencional.
Material e Métodos: Entre fevereiro de 2019 e setembro de 2020, 47 pacientes que foram submetidos a ureteroscopia flexível da Santa Casa de São Paulo para o tratamento de cálculos ureterais proximais ou renais entre 10 e 20 mm, e avaliados prospectivamente. Os pacientes foram randomizados para serem submetidos ao procedimento com o ureteroscopio óptico Richard Wolf Cobra Fiber ou com o ureteroscópio digital Richard Wolf Cobra Sensor. Ambos os dispositivos possuem as mesmas características quanto ao tamanho e diâmetro da ponta. Todos os pacientes foram submetidos a tomografia computadorizada antes e 90 dias após a cirurgia. A comparação de ambos os ureteroscópios foi realizada em termos de características físicas dos aparelhos, resultados operatórios, durabilidade e eficácia.
Resultados: Seis pacientes foram excluídos por não preencherem completamente o protocolo estabelecido. Ao todo, 24 pacientes foram operados com o aparelho digital e 17 com o óptico.
Destes, 12 eram homens e 29 mulheres. O lado direito foi mais frequente com 25 casos. Vinte e cinco haviam passado duplo J previamente. Vinte e um encontravam-se no cálice inferior e 20 em outros cálices que não o inferior, 24 tinham mais de 1000 UH e 17 menos do que 1000 UH. O “stone score” dos cálculos tratados com o UFD foi 10,4 e dos casos com UFO foi de 10,5. O tamanho médio dos cálculos também foi similar, 1.04 (0.2) para os operados com UFD e 1.1 (0.3) para os operados com o UFO. O tempo cirurgico foi menor com o UFD, 63,5 min, comparado com o UFO foi de 73,1 min, porém sem significância estatística (p = 0,34). No controle tomográfico pós-operatório, 30 doentes estavam livres de cálculos, mas as taxas de sucesso semelhantes entre os dois equipamentos.
Conclusão: Os ureteroscópios digitais e ópticos tiveram taxas de sucesso semelhantes, porém o tempo de cirurgia foi menor com o equipamento digital.

Palavras Chave ( separado por ; )

Ureterolitotripsia flexivel digital; Ureterolitotripsia flexivel optica

Área

Litíase / Endourologia

Instituições

IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO - São Paulo - Brasil

Autores

SILVIO DA RESSURREIÇÃO PIRES, TIAGO GUIRRO, MARICIO ROSA PAGAM, FERNANDA MONTEIRO ORELLANA, PABLO TRAETE, SERGIO PAOLILLO JUNIOR, JORGE RICARDO GOES CUNHA, GIOVANNI DEMARTINO, ANDRE MATOS, LUIS GUSTAVO MORATO TOLEDO